terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ano Bissexto De Um Auto-Irritante


Final de ano - Meu ano não foi tão turbulento comparado ao que o mundo nos apresentou durante esses 366 dias. Um pai jogando a filha pela janela, um seqüestro passional, crises e mais crises... E o ano, para Brasil, terminando em águas. Apesar de tudo isso, para mim, foi um ano que: DEU PRA FAZER. Dá um 'jóia' aí Filipe!
Pensei em fazer uma retrospectiva aqui, o que seria uma tentativa frustrada. Eu estou bem satisfeito com o ano que termina e bem otimista com o próximo. Eu falei com minha mãe no final de 2007, que se eu conseguisse viajar para lá (Philadelphia, PA - EUA) em janeiro, seria começar o ano com o pé direito... E graças a Deus foi!
Minha mãe mora há seis anos lá nos EUA e eu cheguei a ficar uns cinco anos sem vê-la e poder e ter condições de visitá-la pelo menos uma vez ao ano, como aconteceu em 2008, é muito bom. Além de matar a saudade, eu conheço uma nova cultura, costumes e tudo mais.


Participei de duas oficinas de interpretação para tv e cinema e foi muito importante como estudante de teatro. Só estou no começo de uma coisa que quero chamar de: carreira. Eu amo teatro, amo arte em geral. É uma terapia interpretar, fazer meus desenhos sem sentido, escrever... E eu tenho otimismo quanto a esse sonho.


Esse ano eu terminei uma etapa da minha vida: conclui o ensino médio. Eu adoro dar seriedade às coisas, apesar de considerar essa, um grande feito se olharmos para esse Brasil enorme, onde nem todos tem um ensino de qualidade, ou, às vezes, nem tem um ambiente como a escola para estudar.
Minha vida escolar foi muito boa; especial. Aprendi tanto. Aprendi uma das coisas mais importantes da escola: relacionar. Ter que estar com pessoas que você adora e outras que você não suporta nem olhar para cara.
Aprendi o que é amizade, como: confiar, ter afinidade, respeitar, compreender... E percebi que só o tempo mostra quem são seus verdadeiros amigos (o que é um velho clichê).


Tive uma grande perda também... Meu avô... que está deixando saudade. O ano começou com minha viagem maravilhosa, mas foi de lá que eu ouvi que meu avô havia sido internado, mas que não era nada grave... Pelo menos até descobrirem que ele estava com câncer no pâncreas. E em seis de maio desse ano, ele faleceu. Ele foi um grande homem na vida de muitos, criando treze filhos e vendo todos se estabilizarem economicamente e construírem uma nova família. Somos uma família como todas as outras, cheia de problemas, porém, unida...
Vô, sinto muita saudade sua. Saiba que onde quer que esteja, eu trarei muito orgulho ao senhor, como sempre esperou, não só de mim, mas de todos os filhos e netos, ou, qualquer outra pessoa a quem o senhor se afeiçoasse. Esse ano eu senti falta da sua palavra final na hora da oração na noite do natal... Eu fiz uma leitura da Bíblia falando do que sempre o senhor tentou nos passar: amar, perdoar, unir; Verbos como esses...
Eu te amo muito!


Sancha não poderia ficar de fora dessa "mini-pocket-retrospectiva": Minha cachorrinha, que me provoca amor e ódio, chegou em agosto como quem não queria nada e me conquistou. Eu tinha (está bem, confesso... TENHO) problemas com animais de estimação e cá está ela, morando comigo na casa da minha tia Marcia. Ela parou de latir com tanta frequência há uns dois/três dias. Agora, quando não tem ninguém em casa que possa me xingar, eu deixo ela ficar do meu lado, dentro de casa, quando estou no computador, por exemplo. E hora, ou, outra... Eu olho pr'a cara dela, sentadinha, ou, deitadinha ao meu lado e dou aquele sorriso e falo igual um retardado: Oh meu bebê, você está aqui coisinha linda. Como se não fosse algo óbvio ela estar ao meu lado, sendo que eu mesmo a chamei para ficar ali.
Não podia deixar de falar sobre isso aqui. Eu havia criado um blog em 2007, chamava-se Memórias De Um Futuro Remoto... Era um bom nome (risos). Escrevi pouquíssimo e quando resolvi me engajar mesmo, percebi que o melhor era fazer um novo blog, foi aí que criei: Meu Irritante Eu.
Foi e está sendo muito importante para mim depositar minhas idéias, ou, minhas frases fragmentadas no "papel". Minha proposta era escrever algo no estilo de "artigos", mas vi que estava me forçando a escrever algo que não era bem meu "gênero". Alias, fui descobrir qual era realmente minha escrita, minha identidade. E hoje, 31 de dezembro, estou muito feliz com o que escrevo. Vejo que há problemas de pontuação, alguns deslizes na ortografia, mas... Está razoavelmente bom. Me agrada (sim, sem próclise obrigatória).
Sobre as mudanças de sempre - Como todo dia que passa, eu vou aprendendo a viver. Meu otimismo aumenta gradualmente; e esperança são palavras chave, juntamente com dedicação, no ano que vem.
Interrompi minhas sessões de análise por uns sete meses, mas me sinto totalmente necessitado daquele espaço onde eu podia falar tudo na maior inocência. Onde cada palavra tinha uma intenção por trás. Onde eu me conhecia mais... Eu estou em constante mudança, minha consciência precisa acompanhar isso! Senão eu SURTO.
...Tudo bem que o blog está com um novo layout há uns dois dias, mas hoje resolvi "publicar" a mudança.
Eu amo mudanças, acho que elas dão um novo gostinho como salada e batata frita àquela prato de arroz, feijão e bife de dia de semana (e, também, alguns finais de semana).
Sinto-me mais em casa, por mais esquisito que possa soar, mas aquele lilás e azul não tinham nada a ver com nada. Muito menos comigo!!!
ps. E a foto do cabeçalho foi 'transformada' pelo Romulo, do Blog Miragens das Chamas. ^^

FELIZ ANO NOVO A TODOS!!! UM EXCELENTE 2009...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Joker Card



Lá vai ele.
O grande palhaço.
O bobo da corte.

... Que brinca com os fatos para tornarem as coisas mais "vivíveis". Aceitáveis.

Lá vai ele com sua piada pronta,
ora a usa como defesa, ora como ataque.

É um clown/palhaço.
O mesmo, o diferente.
O de sentimentos mundos;
muitos, diferentes.

"quer diferente, ver diferente nele mesmo... Hoje estou diferente."

Esconde, aparece. Esconde, aparece.


Não consigo me firmar nessa corda bamba. Sinto-me no picadeiro e sou cada
atração do circo. Cada número!
... é tão difícil ser e ter coragem para sê-lo... Eu só estou tentando, seguindo com alguns (muitos)
tropeços.

Lá vai ele.
De sentimentos mundos.
Sendo o palhaço de sua história.
A atração esperada por uns,
odiada por outros.
Alegrando a própria vida,
acabando com alma própria.

sábado, 27 de dezembro de 2008

1° O Latido


Quadrilha


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes
que não tinha entrado na história.

Carlos Drummond de Andrade

Meu nome é Filipe Arêdes... (Oi Filipe Arêdes!): *piadinha interna*
E eu queria falar sobre Sancha, minha cachorrinha, que por sinal, anda me irritando muito. Quando meu pai a ganhou, eu até fiz um post falando sobre ela, que eu ia tentar me relacionar pela milésima vez com um animal de estimação e tudo o mais... Pois é, tentei. Ou melhor: estou tentando.
Eu e Sancha temos uma história que daria um livro (Adoro dar importância aos fatos). Meu pai a ganhou de um amigo, mas chegou um belo dia que depois dela fazer muita arte como: comer plantas (a cachorra não tem culpa de ser herbívora, meu pai não entendia isso), acabar com os tapetes, cavar a terra (sim, aqui em casa tem um enorme quintal com um 'jardim') e ficar pulando igual uma louca nele (meu pai) e em mim. Depois de fazer tudo isso, meu pai chutou o balde, para não chutar a pobre cachorra e a deu para os outros... ISSO, porque ele ameaçou deixá-la sozinha lá no alto do Taquaril (bairro), o que fez meu coração cortar de dó. Claro que eu não iria deixar ele fazer isso.
Pois bem, ele deu a Sancha para uma prima dele. Eu fiquei um pouco triste, afinal, tinha me afeiçoado a cachorrinha. Então, depois de quase um mês, minha tia Marcia ofereceu de deixar a Sancha morando aqui. Enfim, parte complexa da história que vou fazer um 'adendo':

- Eu moro com minha tia e meu pai. É um terreno do meu avô, que foi divido em dois e necessariamente duas casas distintas, obviamente e com números diferentes. E eu vivo 'meio cá, meio lá'....

Voltando: A Sancha saiu da casa do meu pai, e voltou depois de quase um mês para a casa da minha tia, onde eu poderia cuidar dela e tudo o mais.
E ela voltou! No começo foi flores, estava com saudades dela e ela de mim. Ela foi se adaptando a casa nova, porque a casa do meu pai é bem maior, tem mais quintal e tudo mais... Até que chegou a um ponto irritante da história. Descobri que eu não sirvo para ter criação, no máximo um peixe e olhe lá, porque senão eu o mato de fome.
A minha querida Sancha, como qualquer outro animal que se afeiçoa ao dono, quer atenção e eu sou uma pessoa relapsa. Hoje eu vou lá, brinco com ela e tudo o mais, amanhã eu posso passar perto dela e dizer: Oi. Não, eu não tenho transtorno bipolar, só que me dá preguiça ter que dar uma 'atenção' forçada a algo. Não é assim com as pessoas que eu moro dentro de casa, eu não tenho um monte de história pra contar todos os dias.
Então, com essa minha falta de atenção, minha cachorrinha Sancha tem latido mais do que o normal. Se eu passo perto dela ela quase se 'esgüela' para chamar minha atenção e tipo, ela vê fantasma, no mínimo. Ela late para o nada! Ela começa a latir, eu venho aqui fora e ela 'ta latindo pr'o portão, mas eu olho pela greta embaixo e não tem NINGUÉM. Ou a audição dela é muito sensível (o que é o provável), ou ela está vendo/ouvindo demais.
Hoje eu mal tinha acordado, ela ouviu minha voz e começou a ter um ataque, eu fui lá fora e xinguei ela, mas falei tão bravo, que ela colocou o rabinho entre as pernas e parou de latir para minha alegria. Não, ela não está sofrendo maus tratos comigo, eu só estou irritado com a latição dela. Ontem era duas horas da manhã, eu estava lendo Crepúsculo (ótimo, por sinal) e ela começou a latir e n-ã-o parava.
Fico pensando se sou muito impaciente... Mas depois de um tempinho, hoje, eu vim aqui fora e a soltei, porque ela não pode ficar solta normalmente, senão ela acaba com todas as plantas que vê. Eu até deixei ela morder meu pé à vontade (foi um pouco nojento para quem via, mas eu trabalhei esse 'nojo' quando ela era mais novinha, foi quase uma superação para mim quanto a esse tipo de escatologia).
Mas eu a avisei e fui bem claro: se ela continuar a latir assim, eu vou dá-la para os outros sem dó. Primeiro, vou tentar melhorar minha atitude quanto a ela, dando mais atenção, mas ela tem que parar de ficar latindo pro nada... Porque latido em geral me perturba muito.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal

Prometi que faria um lindo post sobre o natal, mas a preguiça tomou conta de mim... E vejam só, amanhã já é dia 24. Se os dias já estavam passando rápido, as férias, para mim, estão voando. O ócio não passa tão lentamente quanto antes. Incrível.
Queria falar que amo o natal e seu simbolismo, até mesmo... O seu capitalismo. O natal, assim como a páscoa, virou puro comércio nos dias de hoje. O que posso fazer? Gosto de ganhar presentes no natal e ovos de páscoa na páscoa, não posso negar.
Mas agora é sério... Montar árvore de natal, presépio, ver o pseudo-Papai Noel nos shoppings... É tudo tão legal. Filme de natal só tem graça quando chega a época; há um em especial que eu amo e tenho até o dvd aqui em casa: Expresso Polar. Tento viver intensamente essa época, mas tudo passa tão rápido.
Na casa de minha , como já é de costume, todos se reúnem e trocamos vários presentes, geralmente fazemos amigo oculto e rezamos/oramos antes de dar meia-noite. Tudo muito especial.
Esse ano, infelizmente, não vamos ter a presença de meu avô Agenor, porque ele faleceu em maio... Sei que onde quer que ele esteja, ele ficará feliz ao ver que estamos seguindo em frente, superando a sua perda e nos reunindo, principalmente nessas datas.
É isso, um feliz natal a todos... E antes do ano novo escrevo mais alguma coisinha por aqui.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Capitu


Estou encantado com a minissérie da globo. Alias, só o fato de ver que estão produzindo arte na tv, já me deixa mais alegre. Aos comentários:

: Quando estava no primeiro ano, li Dom Casmurro no colégio e me apaixonei pelo livro. Achava, como ainda acho, Bentinho meio mala. Ele, coitado, é movido por sua paixão ciumenta começa a desconfiar de Capitu... Mas não estou aqui para falar o enredo do livro, porque os mais interessados, estão assistindo ao programa, ou, já leram o livro.
: A história, penso eu, tem uma influência de Otelo (Shakespeare), tanto pelo ciúmes que se torna doentio, como a figura de José Dias se aproxima bastante de Iago, o grande vilão da história.
:Muito agrada a meus olhos, a cenografia da minissérie. O diretor, Luiz Fernando Carvalho, é excelente. Os atores estão ótimos também. Encantei-me, como Bentinho, com a menina que faz Capitu quando jovem. Ela é uma cantora e estudou interpretação para fazer a minissérie, pelo menos foi o que li. E na minha opinião, ela está dando um show.
: Também adorei a trilha sonora e estou doido com o estilo rock, meio ópera, ou vice-versa.

ps. Só uma ressalva: acho que Capitu não traiu Bentinho.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Teatro



Bom, fiz minha última apresentação no teatro do NET. Conclui o curso de dois anos e foi uma experiência ótima para mim. Às vezes, quando eu começo a falar de teatro fica até chato para os outros, mas foi onde me encontrei literalmente. É o meu universo.
Teatro é arte. Onde eu posso expor minhas idéias, discutir em cima de textos, apresentar minhas idéias. Lida muito com a criatividade do ser humano e eu sou criativo.
Estou no começo de uma longa jornada. Ainda há muito o que ler e aprender. Ser ator não é um ofício fácil, tem de saber interpretar, usar a voz corretamente, ter um trabalho corporal muito grande também. E sem sombra de dúvidas, ler muito. Mas muito mesmo.
Eu falho nesse último quesito, acho que deveria ler mais, conhecer mais dramaturgos... Mas estou caminhando.
Quando comecei a fazer teatro, eu ainda era muito inseguro, tímido nem tanto... E não sei, mas no segundo período do NET, tive que trabalhar a construção de uma personagem, vi o quão profundo é o estudo das artes cênicas. Voltamos para nós mesmos, é quase um jogo de auto-análise. Foi aí que cresci muito como pessoa e perdi boa parte da minha insegurança também.
Participei de duas Oficinas voltadas para interpretação em televisão e cinema. Foi muito importante para mim. Na segunda que eu fiz, ouvi da diretora Gabriela Linhares a seguinte frase: O bom ator é aquele que se conhece. Isso fez com que eu refletisse bastante.
Conhecer a si mesmo. Tão profundo, tão denso, tão difícil...
Voltando à arte: Então, o teatro me proporciona uma sensação boa, é um veículo de informação. Através de textos eu posso plantar uma idéia na cabeça de um, ou, outro. Posso proporcionar momentos de pura reflexão, como posso também descontrair com uma boa comédia.
É esse o trabalho do ator, pelo meu ponto de vista... E como qualquer outra atuação no campo da arte, seja nas artes plásticas, música, ou escritores (poetas, romancistas, etc), não ser tão reconhecido pelos outros desanima um pouc. Mas isso não vai me tira o desejo de ser um artista.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Férias


Férias de mim mesmo. Férias do mundo. Férias!!!
É difícil desligar... a tv, aquele radinho de pilha, a si mesmo.

- MEDO DE PERDER O CONTROLE.

Com uma certa ilusão, L. não percebe que perdeu o controle de tudo. Seu quarto, uma bagunça só. As gavetas então... Nem se fala.
Passou tanto tempo preocupado com tudo, que o tudo tomou conta dele. Coitado. O TUDO TOMOU CONTA DO NADA QUE ELE É.
O tempo passou tão rápido para ele e para todos. Um ano nunca é igual ao outro e esse foi muito especial. Nem mais, nem menos que os outros. Foi simplesmente especial.
L. já está com saudades de tudo o que passou. Da fase que está terminando... Ah, que daqui uns dias L. será só saudades. UM COMPLETO NOSTÁLGICO.

Cores. Muitas cores... expostas ali no papel.
Arte. A arte grosseira. A arte pela arte. Primitiva.
Aproximando a cada dia da essência de querer...
Querer ser tantas coisas, querer e ser artista.
É o que ele quer.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

"A Ficha Caiu"

Quase

Ela é quase tudo o que sonhei
E eu sou quase aquilo que sempre evitei
E falhei, sim, falhei...

E quase que fiquei contente
E fui feliz pra sempre
No dia em que eu
Quase conquistei seu coração

Quase um amor
Quase um caminho
Que me deixou
Quase sozinho

E apesar de ter ficado
Quase um ano
Quase morto de paixão
Hoje já estou quase bão

Hoje já estou,
Realmente já estou,
Hoje já estou quase bão

by Pato Fu

REPRISE:

"E EU, PUTA QUE PARIU... NÃO VOU NADA BEM"

Estou com problemas para colocar algo produtivo nesse blog, não que eu tenha escrito coisas extremamente interessantes, mas coisas que pelo menos me motivem a fazer um post. Para preencher esse vazio, fico colocando letras de músicas, declarações de estresses e cansaço...
Eu sou muito dramático, mas dramático mesmo... Portanto, todos os meus desabafos é preciso retirar 70% do drama que faço. Agora que já fiz o aviso, vou começar:
Estou numa fase de "a ficha caiu". A ficha caiu que as coisas não são fáceis mesmo e pra qualquer coisa que eu queira na vida eu tenho que estudar e esforçar muito. Nada é fácil e minha prepotência, ou, comodismo ... atrapalhou-me muito na hora de fazer provas e testes.
Esse é o momento feedback, e quando o retorno é pouquíssimo. Como tenho ouvido: "Mas você está ganhando experiência". FANTÁSTICO. Estou amando ganhar só experiência.
Confesso que foi bom também, tudo isso estar acontecendo. Como eu disse, nada é fácil, nada cai do céu. E fez eu rever um monte de coisas também e isso é sempre importante. Revirar minhas "gavetas".
Estou sem palavras pra continuar. Ando assim. Em textos que tento escrever, nas redações de provas... Na hora trava. Acho que perdi o costume de escrever, foi isso. Até mais.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Algumas "Cousas"...



Quero esvaziar-me de tudo que sei.
Quero um novo nada na minha vida.

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Reta final. Finalmente. Está terminando uma etapa da minha vida que vai deixar saudade, sei disso.
As pessoas que fizeram parte das minhas manhãs, permanecerão guardadas na minha memória. Elas fizeram de mim quem eu sou, acrescentaram-me.

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Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou portabandeira
de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar No meu infinito particular

by Marisa Monte

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Chatterton


Chatterton, suicidou
Kurt Cobain, suicidou
Vargas, suicidou
Nietzsche, enloqueceu
E eu, não vou nada bem

Chatternton, suicidou
Cléopatra, suicidou
Sócrates, suicidou
Goya, enlouqueceu
E eu, não vou nada bem

Chatterton, suicidou
Marc-Antoine, suicidou
Van Gogh, suicidou
Schumann, enlouqueceu
E eu, não vou nada bem

(PUTA QUE PARIUU)

By Seu Jorge e Ana Carolina

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Fora de área

Atenção, este blog se encontra fora de área. Fechado para manutenção. Voltará apenas em dezembro!!!

domingo, 26 de outubro de 2008

Give me a break



Extremamente cansado!!!
Assisti um filme excelente: Sweeney Todd. Acho que escreve assim, é do diretor Tim Borton. Um máximo, vale muito a pena ver.
Assisti nessa segunda-feira, uma palestra com a filósofa Marcia Tiburi, que faz parte do programa Saia Justa e tem uma coluna nas revistas Cult e Vida Simples. Foi excelente também. Acho que pela primeira vez entendi o que é filosofia. E me fascinou bastante.
No final da palestra eu levei o último livro que a Marcia escreveu, para autografá-lo. Nesses momentos me sinto aquele fã idiota, com aquela emoção de estar na frente daquela pessoa que sem nem conhecer direito, você o respeita e o idealiza... Foi o mesmo com a Maitê Proença. Enfim, contei a ela que tenho uma "batalha" com o primeiro livro da trilogia dela, Magnólia, falei que já tinha tentado ler umas duas vezes e ela falou: Mas isso é muito bom! E tivemos uma pequena prosa.
Não tenho mais nada a falar, minha vida nos últimos dias passou a ser preocupações com o tanto de coisa que tenho para ler e fazer. O vestibular chegando, as provas finais no colégio, apresentação de teatro... E a tendência é só piorar.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ou eu, ou o pernilongo

Uma coisa que me irrita bastante é o pernilongo. E resolvi falar sobre ele porque só essa noite já matei uns cinco, digo isso sem exageros. Mas eles realmente me irritam e acho que não é só a mim.

Se eles não fizessem aquele barulho insuportável e picassem silenciosamente, não irritariam tanto. Mas não, eles têm a necessidade de incomodar, já saquei isso. Em qualquer hora do dia, avacalhar com a calma do cidadão é o ofício deles.

Desconfio que eles tenham um gosto, ou, um hábito noturno. Deparo-me com esses infelizes justamente quando estou pronto para dormir, ou no meio da noite mesmo, acordando com seu barulho. Eu fico possesso.

Tempos atrás, acordei dias seguidos lá pelas quatro da manhã com um barulhinho peculiar no meu ouvido. Quem era? Um pernilongo, ou “o” pernilongo, como quiser. Para mim, que acordo às seis para arrumar para escola foi ótimo perder dez, quinze minutos tentando matar o indesejado inseto.

O bom, se é que pode se chamar de bom, é que estou “fera” para matar pernilongo. Pergunto-me: o que a prática não faz, não é?

Fico frio e calculista a observar o mosquito voando até que: PÁH! PÁH! PÁH! Depois de duas, três tentativas, sinto-me vitorioso.

Ridículo isso, mas passou a fazer parte da minha rotina. E com eles não tem estações do ano definidas, nem nada. É inverno, verão, outono ou primavera. Estão sempre aí, feito praga.

O problema é: o repelente daqui de casa acabou e nem eu, nem ninguém dessa casa tomou a iniciativa de comprar um novo. Meu tio fala para eu fechar as janelas lá pelas seis horas, ligar o ventilador na hora de dormir... Só que janelas fechada às seis horas da tarde, com esse aquecimento global é impensável e o barulho do ventilador me incomoda de dormir. Lamentável, mas detalhes como estes barulhos atrapalham o meu sono.

Enquanto não for providenciada nenhuma arma química, a guerra entre eu e os pernilongos está estabelecida. E el... PÁH... eles sã... PÁH... sã... PÁH... são muitos! Pronto, a chacina está estabelecida.

domingo, 12 de outubro de 2008

A Luneta Mágica



- Mamãe, eu ganhei uma luneta mágica de um senhor, morador de rua.
- Que história é essa meu filho?
- Mamãe, com ela eu posso desvendar todos os mistérios do céu, foi isso que ele disse.
- Não existem lunetas mágicas. Muito menos que fossem dadas aos outros por um morador de rua. Veja só, um senhor que não tem onde cair duro.
- Cair duro, mamãe?
- É meu amorzinho. Bater as botas, falecer.
- Não mamãe, mas eu ganhei de um desses senhores que não tem aonde bater as botas, uma luneta mágica. A senhora quer ver?
- Eu quero ver sim, a mamãe só está falando que mesmo que existissem lunetas mágicas, elas não seriam dadas assim, aos outros, principalmente por um morador de rua.
- Pois pode sim. E ele me falou que pela luneta, eu poderia conhecer todos os segredos que o céu tem. Ver tudo de pertinho. Mamãe, será que um dia existirá passagens de ônibus para ir conhecer o céu?
- Meu filho, um dia todos nós iremos conhecer o céu. Na fé de Deus. Mas não precisa ter pressa, você é muito jovem ainda. Depois que viver tudo que tiver para viver, não só você, mas todos nós iremos conhecer o céu, o paraíso de Deus.
- Ah não, mãe. Mas depois que eu conseguir desvendar todos os mistérios do céu, pela minha luneta, vou ficar ansioso para conhecê-lo.
- Pare de falar bobagens. Vá tomar seu banho, o almoço está quase pronto. Você já deve estar com fome.
- Vou sim mamãe, mas antes vou dar uma espiada no céu, para ver como as coisas andam por lá.
A mãe do garoto caiu na gargalhada
- Deixa eu ver então essa tal luneta.
O filho saiu da cozinha e voltou com a tal luneta. Sua mãe colocou-a na frente dos olhos e mirou o céu pela janela.
- Mas eu não estou vendo nada demais. Esse senhor enganou você. Isso sim!
- Deixa eu ver mamãe – Pôs a luneta em frente aos olhos – Não mamãe, eu consigo ver...
- Ver o quê, meu filho?
- O céu, com todo seu esplendor. E veja só, passarinhos! Ah! Tem uma nuvem sorrindo para nós. Veja isso mamãe, veja!
- Não consigo ver nada, meu filho. Disse, olhando o céu pela luneta.
- Não é possível mamãe. Às vezes a nuvem parou de sorrir.
- Não é nada disso. Guarde o seu brinquedo e vai tomar seu banho. Eu tenho que terminar de fazer algumas coisinhas para o almoço.

ps. O vídeo é da Fernanda Takai e no finalzinho ela canta a música 'Seja o meu céu', que me inspirou para escrever este cont'inho.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Perigrinações em Itabira


Cheiro de cidade antiga, Itabira. Nunca gostei muito de poesia alheia, porque não entendia. Mas lá em Itabira, fui entender melhor, principalmente as de Drummond que até então detestava. Saímos de Belo Horizonte numa sexta de manhã e chegamos lá na hora do almoço. Estávamos realizando um sonho de minha tia Márcia, uma apaixonada por Drummond.

Fomos eu, minha tia Márcia, tia Lúcia e meu tio Alfredo. Fui com um certo ar de preconceito, não fazendo muitas expectativas. Chegando lá já comecei a formar opiniões ao ver aquela típica cidade do interior que está se urbanizando. Não via arquiteturas antigas, ruas de pedras, essas características de cidades históricas do interior de minas.

Fomos procurar um hotel para ficar. Um hotel que fosse perto dos centros históricos para que fosse fácil ir a pé, pois meu tio Alfredo iria visitar um amigo em Itambé, então não poderíamos contar com um carro e “motorista”. Foi ai que minha decepção acabou, chegamos na parte “velha” da cidade, onde, aí sim, encontrei “minha” arquitetura antiga.

Ficamos hospedados no hotel Itabira, onde era a antiga casa do Barão de Alfié. Lá foi fonte de inspiração para dois poemas de Drummond, José e Sobrado do Barão de Alfié. Um lindo casarão adaptado para ser um, diga-se de passagem, ótimo hotel da cidade.

Nos acomodamos no hotel, almoçamos e ai sim começamos nossas peregrinações.

Mudei totalmente meus conceitos, no mesmo dia em que chegamos fomos visitar o museu da cidade, a casa de Drummond, a igreja Nossa Senhora do Rosário e o Centro Cultural de Itabira. Foi o maior barato. Estávamos tão cansados porque já tínhamos conhecidos tantos lugares, mas minha tia Márcia queria porque queria ir ao Centro Cultural naquele mesmo dia. O pessoal do museu tinha falado que lá tinha uma estátua de Drummond por lá.

Tia Lúcia, coitada, nem emitiu opinião. Ficou calada, estava tão cansada que queria voltar para o hotel, mas como tia Márcia estava tão decidida, resolveu nem falar. Eu já estava fazendo movimentos inconscientes com a perna, já não as sentia muito bem. Nós demos uma volta inexplicável, só depois fomos descobrir que a rua em frente o hotel caía diretamente na avenida do Centro Cultural. Mas quando chegamos lá, foi só “festa”, tiramos fotos e mais fotos com a estátua, de todos os jeitos possíveis. Tudo para valer a pena a tal caminhada.

Depois voltamos para o hotel. Lúcia tinha chegado inspirada, digamos que um tanto atormentada. Cismou em fazer poesia, deitada na cama, escrevia em um rascunho com sua caneta recém chegada de Paris ( trazida de presente de uma amiga, Maria Luiza). Assim dizia a todo momento quando perdia a tal caneta de vista: “Ai meu Deus! Cadê a minha caneta de Paris?”. E eu achando a maior graça. No final das contas a inspiração de minha tia rendera uma bela poesia, na qual todos ficaram surpresos quando chegamos da viagem. Lá também fiz algumas poesias, mas nenhuma falando da viagem.

No outro dia acordamos cedo, tomamos café da manhã. E que café da manhã! Estava excelente. Eu não estava muito animado, mas minhas tias insistiam em caminhar. Resolvemos fazer um percurso até a casa de Drummond, iríamos andar até lá novamente e depois do almoço pegaríamos um ônibus para ir no Memorial de Carlos Drummond de Andrade.

E valeu a pena, conheci lá no Museu, que fica em frente a casa de Drummond, um senhor chamado Aníbal. Muito inteligente, não sei porque mas a imagem dele na minha frente falando sobre política, poesia, história e vários outros assuntos, questionando o governo e a sociedade me lembrou bastante Sócrates. Podem rir bastante, mas me veio tal relação na cabeça.

Para concluir minha peregrinação a Itabira... Fomos ao Memorial. Particularmente, achei tudo muito pobre de informações. Mas lá, tinham livros dele, alguns de outros autores que dedicavam livros a ele, inclusive o livro de Melhores Contos de Sabino. Tinha também a máquina de escrever de Drummond e várias fotos.

Para fechar com chave de ouro, ou melhor, chave de minério de Itabira, fomos a Fazenda do Pontal. A fazendo do pai de Drummond. Andamos igual condenado. Se um dia resolver fazer tal viagem a Itabira, vá de carro. Foram tantos morros para chegar até a fazenda. Lúcia não se agüentava, tive que empurra-la morro acima. Márcia andava três léguas atrás de nós dois.

Mas valera a pena todas essas aventuras. Ri demais com minha tia Lúcia, pena que não posso recomendá-la como companheira de viagem porque é particular. No final de todas visitas minha tia Márcia queria chamar um táxi lá da fazenda, estava traumatizada com o tanto morro. Mas tia Lúcia já avisara: “pra descer, todo santo ajuda”. Se ajudou, eu não sei, mas que chegamos todos sãos e salvos lá no hotel, nós chegamos.

Lá encontramos meu tio Alfredo, que queria saber se iríamos embora no sábado mesmo ou se sairíamos no domingo de manhã. E a resposta veio a cavalo igual a vontade de ir embora, afinal, já havíamos terminado nossas peregrinações e não havia porque continuar na cidade natal do poeta maior Carlos Drummond Andrade.

Filipe Arêdes

19/08/2006

ps. A foto aí em cima, é na estátua do Centro Cultural de Itabira.

sábado, 4 de outubro de 2008

O Rinoceronte


O Rinoceronte de Eugène Ionesco é fantástico. Terminei de lê-lo hoje, dia 4 de outubro. É uma história muito profunda, de influências, cheia de metáforas e simbolismo. A aparição de um rinoceronte, a princípio, causa uma confusão na cidade. Várias indagações a respeito do animal, de sua origem, se era bicórnio ou unicórnio... Só que com o tempo, as pessoas começam a transformarem-se em rinocerontes também.

Claro, como eu já havia começado a falar, essa figura do rinoceronte é uma metáfora. Há uma influência de idéias, valores morais que vão mudando as pessoas. De forma voluntária ou involuntária.

Jean: Moral! Lá vem a moral! Estou farto de moral! É linda a moral! É preciso ir além da moral!

Bérenger: E que é que você põe no lugar dela?

Jean: A natureza!

Bérenger: A natureza?

Jean: A natureza tem as suas leis. A moral é antinatural. [...]

Bérenger: Reflita um pouco. Você sabe muito bem que nós temos uma filosofia que esses animais não têm. Um sistema de valores insubstituíveis! São séculos de civilização humana!

Jean: Derrubemos tudo isso! Assim ficaremos melhor!”

Acho que o livro discute o sistema, capitalismo, socialismo, anarquismo, comunismo, nazismo, tudo isso que faz parte da nossa história; a Igreja também... Tudo o que mexe com o pensamento.

É um assunto muito complexo, nem sei condensa-lo em um texto. Não tenho tantas propriedades para isso.

Só sei que o livro traz essa mensagem. Trabalha a questão da influência, em massa, do pensamento e o processo todo que isso leva. É curioso ver como, gradativamente, as pessoas da cidade vão transformando-se em rinocerontes.

Chega a um ponto que eles se tornam a maioria e causa a discussão do que é o “normal”? Ser humano, ou como os outros? E esse pensamento também ajuda na própria transgressão do ser. Hoje em dia, por exemplo, quando vejo mais e mais pessoas fazendo coisas que acho ilícitas... Pergunto-me, o diferente sou eu? O errado sou eu? E muitas vezes, esse tipo de questionamento é um passo para a transformação.

Daisy: Afinal, talvez sejamos nós que precisemos ser salvos. Talvez os anormais, sejamos nó.

Bérenger: Você está delirando, Daisy; você está com febre.

Daisy: Você está vendo mais alguém como nós?

Bérenger: Daisy, não quero ouvir você dizer uma coisa dessas! ”

Acho que certas mudanças na sociedade causam uma série de discussões em nossas cabeças, mas nunca se sabe se serão para o bem ou não.

Bérenger: [...] Ah! Como eu me arrependo. Devia ter seguido todos eles, enquanto era tempo. Agora é tarde demais! Infelizmente, eu sou um monstro, sou um monstro. Infelizmente, nunca serei rinoceronte, nunca, nunca! Nunca mais poderei mudar. Gostaria muito, gostaria tanto, mas já não posso. Não quero nem olhar para minha cara. Tenho vergonha! Como eu sou feio! Infeliz daquele que quer conservar a sua originalidade! Muito bem! Tanto pior! Eu me defenderei contra todo o mundo! Minha carabina, minha carabina! Contra todo mundo, eu me defenderei! Eu me defenderei contra todo o mundo! Sou o último homem, hei de sê-lo até o fim! Não me rendo!”

ps. Esse livro é um clássico do Teatro do Absurdo.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Sobre o Tempo


Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio


Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã

Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai

Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final

Ah-ah-ah ah-ah
Ah-ah-ah ah-ah

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como
zune um novo sedã

Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai

Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final... oh-oh... oh-oh ah...

Uh... uh... ah au
Uh... uh... ah au
Vai, vai, vai, vai, vai, vai

(música da banda Pato Fu)
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L. tinha a ligeira impressão de que o tempo estava passando mais rápido do que o costume.
Antes, o aniversário em
abril demorava a chegar, as férias de julho então... nem se fala.
Agosto sempre pareceu ser o mês mais demorado do ano.
Outubro, mês das crianças, sempre o mais gostoso e divertido.
Natal e
Reveillon pareciam demorar anos, mal sabia L. que era somente um.
Hoje, as coisas nem parecem mais ser assim, tudo tem passado tão rápido.
Esse mês de
setembro então... Posso apostar, nem L., nem ninguém, viu passar.

sábado, 27 de setembro de 2008

Vida boa, vida efêmera!!!


Estou cheio de planos, o que não é uma novidade. Minha mente passa boa parte do tempo tendo idéias, ansiosa para novidades, mais e mais informações, me desculpe a redundância, mas nunca é demais! É mais ou menos assim que funciona.
Qualquer tempinho que sobra, nessa correria da vida, eu procuro fazer algo produtivo. Vejamos bem: procuro! Nem sempre eu consigo, meus maiores vilões são: orkut e msn. Felizes aqueles que não se prendem a isso. Isso pareceu um pouco bíblico, mas...
Apesar de perder tempo com internet, até que consigo aproveitar bastante meu tempo, a vida em geral. Esse ano ganhei de aniversário um livro com a dedicatória que dizia mais ou menos o seguinte: a vida é efêmera, por isso curta intensamente. Uma coisa assim, a preguiça me impede de levantar daqui e pegar o livro para ler como era a frase.
Com isso, essa semana fui ao Palácio das Artes porque vi que iria ter o Cefar Ciranda com oficinas bem interessantes voltadas para a área de teatro, música e dança. Como sempre, as inscrições para as oficinas já haviam começado fazia um tempo e eles só anunciaram no outdoor uma semana antes, praticamente. Infelizmente, ou felizmente, não tinham vagas voltadas para a área de teatro, não diretamente. Fui aconselhado a assistir sobre o Painel Histórico Social do Jazz.
As oficinas foram hoje, dia 27 de setembro. Foi maravilhoso, excelente. Eu nunca tive um contato direto com jazz, mas me interessei bastante depois de participar desta oficina. Foi dada por Rodolfo Padilla, me parece que ele dá aula de música no Cefar. Ele é violinista também, inclusive tocou durante a "aula".
Com certeza, foram as três horas mais bem aproveitadas dos últimos tempos, sem gastar nenhum centavo, entretenimento de graça. Eu poderia colocar aqui algumas anotações que fiz (coisas que consegui captar ao longo da palestra, frases soltas, dados históricos, etc), mas não ficaria tão bom.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Enough


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Ei, você! Qual é a sua necessidade de parecer intelectual para os outros? Essa sua pseudo-inteligência me cansa. Na verdade, você até força, tem hora, para tentar falar algo com conteúdo, mas não dá. Não me engana.
Chega de tentar bancar o simpático, porque acaba parecendo idiota. Alias, isso é mais uma coisa que me irrita em você, ver o quanto suas atitudes são infantis e idiota.
Outra coisa que queria dizer, evite gastar seu vocabulário só para parecer que escreve bem. Sinceramente, você escreve de forma tão amadora. Às vezes tão artificial nessa sua escrita, superficial também.
Sabe, você é cansativo também. Tem hora que você fala demais e não deixa mais ninguém falar. Você incomoda os outros, não consegue perceber isso?
É irritante, extremamente irritante, ouvir todos os seus complexos, medos, anseios... Me cansa, por isso eu escrevo agora, para dar um STOP em tudo isso.

domingo, 21 de setembro de 2008

Momento cultura


Fui ao Palácio das Artes assistir Otelo, uma adaptação da peça homônima de Shakespeare, com o ator Diogo Vilela. Foi maravilhoso, não sei quantos adjetivos eu poderia usar para descrever. O cenário, as luzes, as músicas escolhidas, tudo perfeito para compor aquela tragédia. Um elenco excelente também.
Estou lendo a peça Lisístrata de Aristófanes. É super interessante o texto. Conta a história das mulheres gregas, que resolveram se abster sexualmente e tomar a Acrópole para ver se assim, conseguiriam trazer seus homens de volta da guerra. É uma comédia só, alias, o autor se consagrou por escrever nesse gênero. É um clássico do teatro épico. E é super sexual também.
Estou planejando assistir o espetáculo Breu, do grupo Corpo, no Palácio das Artes. Vai ser nesse próximo final de semana.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O frio


O frio me inspira muito. A minha primeira tentativa de escrever um romance, foi exatamente nesta época. Eu sentava para escrever no computador e ficava horas. Me deu até uma saudade. Acho que foi em 2005 isso. Quando eu comecei a escrever mais.
Agora frio mesmo, eu senti em janeiro, quando viajei para os EUA para visitar minha mãe. Eu falei que nunca mais sentiria frio no Brasil, o que foi a maior mentira. Mas lá eu tinha que sair com a calça jeans e um moleton por baixo, fora as milhões de blusas de frio. Eu ficava enooorme, mais gordo que o natural. Ou seja, minhas fotos saíram "horríveis" em questões estéticas.
Uma coisa é fato, as pessoas vestem-se bem melhores no inverno. Acho que as roupas são bem mais elegantes e bonitas. Dá um "ar" de mais bem arrumado.
Mas o frio em si já é mais prazeroso, para mim, que o calor. O calor me deixa muito mais irritado. É a minha velha teoria que no verão, você pode ficar pelado, que sente aquele clima abafado e nada resolve, já no inverno... Nada que uns cobertores a mais para acabar com toda aflição.

Boa frente fria a vocês!!!

ps. Mãaaaaaaae, saudades de você, viu?

domingo, 14 de setembro de 2008

Prepotência Camuflada (When I grow up)

When I grow up
I wanna be famous
I wanna be a star,
I wanna be in movies

When I grow up
I wanna see the world
Drive nice cars
I wanna have groupies

When I grow up
Be on tv
People know me
Be on magazines

When I grow up
Fresh and clean
Number one chick when
I step out on the scene[...]

(The Pussycat Dools)

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Essa parte da música é super legalzinha,
resolvi postar aqui, até mesmo porque tem
um contexto de "quando eu me tornar celebridade", eu farei isso, isso e aquilo.
E confesso, não nego que quero a fama.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Turma da Mônica Jovem



Recentemente, vi que Maurício de Sousa havia lançado a Turma da Mônica Jovem. Ou seja, os personagens, que conquistaram e ainda conquistam muitas crianças/jovens/adultos, cresceram.
Eu nunca fui de acompanhar tais revistinhas em quadrinho. Quando eu era criança, meu pai até comprava muitas para mim, da turma da Mônica, do Mickey e cia... Mas eu nunca lia, só foliava para ver as figuras. O que realmente me chamava a atenção, eram os Almanacões da Mônica porque sempre vinham com brincadeiras e figuras para colorir.
Voltando... Mas vi nos jornais que o autor tinha inovado, mudando a revista para um novo estilo, o mangá, e que abordaria temas mais ligados à adolescência. Enfim, achei interessante e resolvi comprar.
Li e achei bem interessante, legalzinho. Escrevi legal no diminutivo não no sentido pejorativo, dizendo que a edição não é tão legal, mas é que achei... legalzinho mesmo. Não sei expressar de outra forma. Maurício, parece que sou super íntimo, mudou o vocabulário da turma com as gírias: véi, acho um "barato", tô na área, 'xa ver, relaxa coroa, etc.
Vi um comentário no jornal, que o público não iria mudar muito, apesar de ser para jovens e eu concordo em termos. Pode ser que pessoas mais velhas se interessem, mas ainda achei bem infanto-juvenil. Na verdade, pode ser que eu tenha entendido errado essa questão de jovens, mas eu chamaria de jovem alguém até os seus vinte anos, no máximo. Mas pode ser que o público-alvo seja meninos de 13/14 anos, pré-adolescentes. Aí sim, acho que irá alcançar esses leitores.
Mas a história está bem legal, na edição de número 1, a turma descobre que o Capitão Feio saiu da cadeia e se tornou o "Poeira Negra", que está tentando libertar uma deusa de uma lenda japonesa. Então é isso, a "turminha", pelo menos pelo que percebi, terá missões ao longo da série e parece que vai ter algumas coisas parecidas com o desenho A Caverna do Dragão.
Eu gostei muito desse novo "mangá" e pretendo ler as próximas edições.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Programa Cool and Cult



Fiz um segundo vídeo do programa. Tudo isso porque na hora de editar o primeiro vídeo, muitas coisas ficaram de fora, as cenas "engraçadas", ou toscas para alguns. Mas é que eu procurei colocar no programa o conteúdo, as partes em que realmente falávamos do assunto, que era o modo cool and cult da vida. Ficou um vídeo enorme, o que colaborou para isso foi a minha matéria do Parque Municipal que ficou uns dois minutos.
Então esse vídeo que estou "postando" aqui é um outro, uma chamada, parecido com essas que fazem de novelas só para dar uma idéia do que é o programa. Mostrar o lado idiota de cada apresentador.
É isso, semanas super corridas... =/
É a vida!

ps. Eu e a Jéssica fizemos um blog para ajudar a divulgar nossos vídeos. Funciona também como
uma conversa entre nós dois, quem interessar é só olhar aqui ao lado, onde tem: Vale a Pena Conferir.

sábado, 6 de setembro de 2008

Às vezes as coisas...



... até dão certo. Ontem finalmente consegui gravar meu programa, Cool and Cult, com a Jessiquinha. Ficou engraçado. É uma tentativa de dar nossas opiniões sobre as coisas do mundo.
Assim como os vídeos que já fiz, este ficou um pouco idiota também. Sem preconceitos quanto a esse modo de ser. há uma idiotice com uma pitada de "profundidade" nisso tudo. Insisto em dizer isso porque a idéia mesmo, a intenção, é falar sobre comportamento, coisas do cotidiano na nossa linguagem jovem, com as brincadeiras da idade. Por isso sai um pouco "retardado".
O programa, como eu disse, chama-se Cool and Cult. Eu sou o lado cult do programa e vou dar minhas opiniões sob este ponto de vista, e a Jéssica é o lado cool.
Organizamos direitinho os possíveis temas dos próximos programa, o "formato", os quadros que terão e tudo o mais. Nós, sinceramente, gostaríamos muito que as pessoas vissem, mas sabemos que isso não deve acontecer. Mas estamos nos divertindo muito e isso já vale a pena.
Nesse primeiro programa, falamos sobre o que é ser cool and cult. É uma introdução. Vale a pena conferir.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O Fracasso 2ª parte


Essa é a segunda parte de toda minha desilusão e se as coisas continuarem assim, terei de trocar o nome desse blog por "Fracasso". Não vamos criar pânico! Mas é que a convergência de muitas idéias na cabeça, além de me dar um estresse mental, me apavora, me deixa confuso.
Eu só sei, que nada sei, essa é a verdade, já dizia Sócrates, se não me engano.
O que tem acontecido é o fato de ficar tão ansioso quanto ao meu futuro profissional. É tão complicado ter de fazer uma escolha séria, como a escolha profissional, quando se tem 17/18 anos. Nem sempre as pessoas estão maduras o suficiente, certas do que querem e se conhecem o bastante para tal escolha.
Sempre fui aflito quanto a essa questão de escolher o que quero para minha vida profissional, o porquê é que eu, sinceramente, não sei. Mas bem que gostaria...
Sei lá, pensei que já estava claro que psicologia era a escolha mais certa, por ser uma área que gosto muito e caso a arte não me traga dinheiro, estaria formado em uma coisa que gosto. Não sei bem o que fazer para alcançar a minha realização profissional. Se for para idealizar, o SONHO, seria: trabalhar na televisão, escrever meus livros e estar nos palcos.
Fico ansioso com tudo isso. Vem aquela confusão mental, aquela série de perguntas: o que fazer? Como correr atrás? Aonde eu vou? Saio de Belo Horizonte, ou continuo aqui mesmo? Faço jornalismo, publicidade, ou faço psicologia, porque pode ser que nada desse sonho dê certo e já que eu gosto de "estudar a mente humana", estaria formado em algo que me deixa mais com pé no chão e mais seguro para encontrar um emprego, ou não!
OH SENHOR! Sei que 35% disso tudo é pessimismo com mais 63% de exagero, e de realidade apenas 2%. Tem de retirar tudo isso, desse "problemão", para ter uma melhor dimensão das coisas. É que tenho mania de fazer aquela confusão em copo d'água, mas eu realmente acho que estou passando por uma fase difícil. No mais, tudo isso é da idade.
Não gosto muito de Paulo Coelho, com suas filosofias baratas, mas li essa frase dele que até gostei e vou escrever aqui para finalizar este post:

" Só a coragem no caminho faz com que o caminho se manifeste."

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O Fracasso


As minhas dificuldades vêm todas à tona. Fico confuso, vem o branco. Pronto, ferrou-se tudo.
Queria fazer um serviço, queria mostrar que sei... Queria!
A cada dia que passa sinto que não sou pronto para essas coisas da vida. Não me perguntem quais coisas, porque eu simplesmente não sei nada. Sou apenas um inseguro no mundo.
A falta é da confiança. "Aonde você está?"
Eu tenho capacidade, mas não confio nela. Está aí todo o mal. E ele precisa sair da minha vida.
Se fosse para começar a falar de todos os defeitos e dificuldades, acredito eu, que ficaria aqui até o resto da noite. Após reclamar da insegurança, passaria para a preguiça. Meu maior pecado capital, o que mais me prejudica.
Vou parar com essas minhas lamúrias. Até o próximo post.

sábado, 23 de agosto de 2008

Meninas do Ouro



Finalmente as meninas do vôlei ganharam a tão sonhada/esperada medalha de ouro nas olimpíadas. E foi merecido, na minha opinião, com muito talento, garra e técnica venceram os EUA na final.
Bom, sou péssimo para fazer esse tipo de comentário ligado ao esporte, até mesmo porque não sou muito ligado a essas coisas. Mas em época de olimpíadas/copa do mundo, o nacionalismo fala mais alto. Ficou provado que eu não sou um bom torcedor, digo, me estresso bastante com os erros dos atletas, por outro lado... Vibro bastante, mesmo distante dos jogos. Pulando que "nem um doido" no meu quarto com a vitória por exemplo do vôlei feminino nessa manhã.
Não tenho mais nada a falar, a não ser parabenizar o time e a equipe da seleção brasileira de vôlei feminino.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Direto do "O Conto da Mulher Brasileira"


Lucas, Naim
de Hilda Hilst:

", posso ser este e outro, posso não ter sido e ser sempre, ainda complexidades, mas há modelos que se expressam com muito mais trançados do que eu: 'o indivíduo tem uma extensão considerável no tempo e negligenciável no espaço'. Isso disseram."

O piano de Cristina de Queiroz:

"Não, eu sou apenas só e por isso agrido os que não o compreendem!"

"Mais tarde veio, conscientemente, a amargura e o conflito em saber-me bipartida, apenas como um ser para o outro. Às vezes, alarmada, perguntava-me a mim mesma: Mas até onde serei eu? - A única maneira de escudar-me de mim mesma era elaborando por demais as coisas. Distorcendo-as, camuflava-me aos meus olhos."

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L. estava encantado com o livro que estava lendo para o vestibular. A leitura lembrava bastante Clarice Lispector e isso o instigava mais ainda a ler o resto dos contos.
Como tudo que passa pelos olhinhos de L., o livro também o deixava inspirado e com vontade de fazer igual. Aprender com as escritoras como escrever de forma tão bela.
Essa era a meta. Capturar de tudo e todos uma imagem, um fato, para levar para seu infinito (aquele dentro de si) e mais tarde transformar em arte. Este era o seu ofício.