quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Não sei,

É que tenho falado sobre o hoje,
o tempo presente,
mais passado que futuro,
que não volta mais.
Que se foi.

É que tenho falado sobre o cansaço,
o último fôlego, o
temível momento de não
poder mais, de não querer mais,
de não aguentar mais.
Mais nada.

É que tenho falado sobre a vitória,
porque não se começa uma batalha
pensando na derrota, muito
menos pensando em duas, três,
quatro alternativas, caso a primeira
não dê certo... Não, não é assim.
Não mesmo!

É que tenho falado sobre o tanto
que tenho a falar, que muitas vezes nem
sei, mas que está aqui dentro.
Falar sobre o nada que sinto, esta coisa
sem nome, sem tempo, sem espaço, sem... Sentimento?
Talvez...

Talvez, eu realmente não tenha nada a dizer,
mas me forço. Pelo puro prazer de
apenas exercitar essa escrita, essa vida
registrada em versos, minha ferida,
minhas dores e amores, estes que não vieram,
por falta de tempo, um contratempo, quem sabe?
Não sei.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Acordei preocupado,
pensando no tempo que ainda resta,
evidenciando as dificuldades,
as pedras, ainda, visíveis na minha frente.
Em pensar... Que outras tantas virão.

Hoje, hoje eu acordei cansado,
cansaço este, que eu poderia
dormir por semanas... Mas que
de nada adiantaria. Preciso de um tempo.
Um tempo fora desse espaço, um tempo
que pudesse parar no primeiro estalo.

Eu só não me canso de dizer: força! Ao
menos coragem, vai. Em pensar que estou
só no começo e que ao longo da vida,
muitas outras dificuldades virão. Sacrifícios
terei de fazer, para mais uma vez tentar.
Tentar e conseguir. E nunca muito diferente disto.

sábado, 3 de outubro de 2009

Se é assim...

Eu respeito.
Eu deixo de lado, te guardo.
É que me escapou pelas frestas da mão. Partiu!

Desejos guardados, engavetados, arquivados...
Vontade voraz. Fome do outro, por já
ter devorado tudo aqui dentro.

A caça, minha farsa...
Disfarça, vai. Deixa de lato tudo isso
e vamos embora, bora?