domingo, 15 de março de 2009

E agora, Drummond?


"a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?"

Carlos Drummond de Andrade (poema "José")

Ah, Drummond! Meu querido poeta. Quando eu iria pensar que você serviria de inspiração para minha arte? Se antes eu olhava para seus livros de cara feia, agora já os olho com anseio. Querendo respostas. Seu poema "José" diz tantas coisas... "Confidência do Itabirano" nem se fala. Obrigado, Carlitos.

Cidadizinha Qualquer

Casa entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.

C.D.A.

Um comentário:

Romulo Lacerda disse...

Eu estudei esse poema ano passado! *-* Amo o tioDru. A arte nos aquece. As pessoas nos aquecem. Mas o calor próprio faz toda a diferença. E não me pergunte o significado disso, que nem eu mesmo sei dizer.