quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Folhas avulsas de um baú - 2°parte

Eu estava escrevendo no meu diário, até que achei que seria interessante publicar minhas reflexões aqui no blog:

"14 de janeiro, 2009

Escrevi um texto sobre moda tão legal. Não foi dos mais bem escritos, mas o conteúdo era tão bom, tão interessante. Eu adorei! Publiquei lá no meu blog, este que a cada dia fica mais a minha cara.
É claro para todos que eu enchi de neurose essa história de blog. Ele me influencia tanto quanto eu o influencio. Acho que é porque eu torno tudo muito interessante. Falar de moda para mim foi fantástico. Eu falo sobre mim, falando de tudo. Achei a fórmula. E tudo com um princípio de coragem.
Essa coragem que é tão questionável. É um querer me expor e me esconder. É achar que sou cheio de conceitos e não ser. É querer e não querer, ser e não ser... E agora? Eu vou, ou, consumo-me no medo?
Já refleti muito sobre essa questão de onde está a segurança? Em quê, nós podemos nos equilibrar?
A verdade é que não há respostas concretas. Não há uma fórmula. Essa questão de ser e não vacilar lá dentro, no nosso eu, não existe.
Uma vez, em uma palestra em que assisti com a filósofa Marcia Tiburi, fiquei sabendo que toda idéia, todo pensamento, pode ser desconstruído. Tudo é frágil. Será? E será que esse "será" tem fundamento?
Não há certo. Não há nada. Há a dúvida até mesmo do existir, esse que nos permite pensar.
Como viver com tantas incertezas? Com enfrentar o mundo? Sinto-me tão frágil por um momento. Tão vulnerável. Mas esta é a sina de todo mundo. É o preço que se paga por estar vivendo.
Viver é tão complicado... Até me recordo de uma frase de Oscar Wilde:

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existem."

É um fardo essa história de viver; ter uma qualidade de vida ('vivível', suportável). Muitas vezes a gente empurra essa "história de viver", o que torna as coisas uma maneira de apenas existir... Apenas? Tem certeza? As coisas às vezes são tão difíceis.

Eu sou tão inseguro. Eu sou tão inconstante. Eu sou tão... Humano!"

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