sábado, 27 de fevereiro de 2010

A vida é leve, acredite!


- Você pode ligar o som?
  
Um hiato entre o ato e o fato consumado.

- Obrigado. Agora apague as lâmpadas. Incluindo a da minha cabeça. Assim fica melhor. 

Primeiro, o sopro. Depois, o verbo. Certamente foi aquela coceirinha nas mãos, vontade de criar, que levou Deus a fazer tudo, tudo isso. O mundo como ele é e como imaginamos que seja. Tudo não passa de simples versões subjetivas - até demais.
Quem nunca viu o filme da vida passado em sua cabeça deitado na cama, antes do sono o capturar? Pura dramaturgia.
 A vida é leve, acredite. E prazerosa. Há beleza também na dor. Há força também e insegurança.

- Faz tanto tempo. Mas agora me lembro.

Meu coração despertou, eu posso sentir. As lágrimas, uma vez ausentes, agora estão até constantes. Eu já posso sentir o alívio de quem sente e não guarda. E não acumula.
Volto a dizer: a vida é leve como uma brisa. Fomos nós quem criamos toda a confusão, desde Eva, Adão e a Maçã. O caos. Mas as coisas não haveriam de ser assim mesmo, dessa forma? Sem muitas respostas, com várias questões? Com mais portas fechadas do que chaves no molho?

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