Pesco você com um zoom.
Capto, no ato: gravo
na fotografia.
Vou examinando você, descamando.
Mas você, você não acaba,
você é só casca.
Até quando vou
desmembrar-te,
parte a parte...
Não, você não acaba,
é troço sem fim.
- Sai de mim!
Guardo-o numa câmara,
na memória da câmera,
dou-te um descanso.
Mas você, você não tarda
a se revelar.
Um comentário:
Gostei desse! Especialmente da seguinte estrofe:
"Até quando vou
desmembrar-te,
parte a parte..."
Acho lindas as palavras com som aberto, em especial as que rimam com "arte". Fazem algo bom em mim. Não sei explicar...
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