domingo, 14 de fevereiro de 2010

Os meus serás e rock’n roll’s

Nós somos o que somos e é mesmo muito difícil nos mudar. Será verdade? Não. Ou sim, sei lá! Mas o fato é que escrevi aqui no fim do ano sobre a minha mesmice irritante, afirmando ter me deparado com as questões de sempre – bem recorrentes –, em minha terapia e agora, em menos de dois meses já estou pensando diferente, ou não!
Será que podemos condicionar nosso comportamento? Por exemplo, eu sempre fui muito acomodado, preguiçoso talvez, nunca estudei muito na escola, talvez por ter facilidade com as matérias, talvez pelo nível da escola não ser muito puxado... Só sei que ano passado tive de mudar minha postura e foi bastante difícil. Eu sentava para estudar, passava uma hora, duas, e antes de completar três horas, eu já estava pensando em mil coisas, saindo totalmente do foco. Confesso que com o costume, eu fui aprendendo a estudar. Mas a ‘preguicinha’ e o comodismo ainda moram aqui, e andam de mãos dadas!
Com isso, eu vejo que nós podemos nos disciplinar, corrigir certos ‘defeitos’, mas e os nossos pensamentos? Nós podemos mudá-los? Será mesmo?
Eu disse há dois ‘posts’ que iria ser chato com dignidade daqui pra frente. Na verdade eu quero ser, não só chato, mas ser o Filipe com dignidade, sem recriminações. Será que com o tempo, com o exercício diário de dizer: Ih, falei besteira, mas deixa pra lá... Eu vou me acostumar? Ou vou ter que fazer sempre esse mesmo ‘esforço’ pessoal?
Hoje, nesse momento – talvez isso mude até o momento em que eu postar –, eu vejo que certos pensamentos terão de ser exercitados “pelo resto da vida”. E como procuro ser uma pessoa educada, bem humorada e positiva, vou ter que espantar os pensamentos negativos sempre que surgirem.
Vou ter que me dizer: não julgues, o que você tem a ver com a vida do outro? Para evitar tirar conclusões erradas, ou certas, de todas as pessoas com as quais eu convivo e as que eu não vejo no dia-a-dia também! E por julgar os outros, eu, muitas vezes, recuo minhas atitudes e/ou opiniões por medo da crítica, da resposta que irei ter do outro.
É certo que com as minhas mudanças repentinas de opinião, eu já até me acostumei. Agora – pelo que deu pra perceber – eu estou procurando ir mais fundo, questionar, repensar, remodelar outras questões... Já diria Raul Seixas: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, eu prefiro ser essa metamorfose ambulante,” do que ser aquela velha ‘forma’ formulada pelo tudo, do que ser aquela velha ‘forma’ formulada pelo tudo que já me atravessou, que hoje eu já nem sei quem sou...

Obs: ”Eu vou desdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes”!

Um comentário:

Rafael disse...

Sensacional, me indentifiquei com você, muito, mas muito mesmo !