sábado, 11 de abril de 2009

Uma olhar "Woody Allen" da vida


Uma psicótica (Penélope Cruz).
Uma neurótica, outra também (Scarlett Johansson e Rebecca Hall).
E no meio desse triângulo: um homem (Javier Bardem).

...Por trás do roteiro, o fantástico Woody Allen!!! (palmas para Allen)

Em Vicky Cristina Barcelona, Woody Allen fez um trabalho fantástico, com personagens fortes e intensos. Mostrando uma visão profunda sobre os relacionamentos amorosos, onde três mulheres, com personalidades diferentes, vêem-se desconcertadas sempre que encontram um mesmo homem, Juan Antonio.
Vicky é ao mesmo tempo insegura e convicta de suas ações, está prestes a se casar e prefere levar sua vida previsível, a entrar na disputa por Juan Antonio. Ela tem medo de arriscar. Cristina é sedutora, não tem certeza do que quer, mas, sabe o que não lhe convém. Está aberta a tudo e não vê impasses em viver um triângulo amoroso com Juan Antonio e sua ex-mulher... A Maria Elena, que é o tipo de mulher surtada, impulsiva e inconsequente. Ela dá o tom dramático ao filme. Suas aparições sempre mudam o rumo da cena.
Por último e não menos importante... O próprio Juan Antonio. Ele vive uma relação de amor e ódio com sua ex-esposa. Por mais que ela tenha tentado o assassinar, ele gosta e preocupa com ela. Ele é consciente das suas atitudes e sabe que qualquer relacionamento que for engatar, correrá o risco de acabar com as idas e vindas de sua ex. No entanto, como macho alfa (comedor), ele não deixa de seduzir as mulheres a sua volta.
O filme tem uma locação maravilhosa! Confesso que me deu uma puta vontade de ir a Espanha e passear por todos aqueles pontos turísticos mostrados no filme. Também não posso negar que fiquei encantado com a atuação da Penélope Cruz. Ela estava fantástica como Maria Elena. Está aí o motivo por ter recebido o Oscar de melhor atriz coadjuvante esse ano. Ela realmente deu um show de interpretação.
Assistir a um filme assim sempre me deixa empolgado. Eu penso que um bom filme deve ser assim, que nos deixa cheio de questionamentos, com vontade de discutir sobre os temas retratados, que nos causam frisson enquanto assistimos... É o cinema, como um expoente da arte, fazendo uma releitura da vida cotidiana.


Nenhum comentário: