sábado, 27 de dezembro de 2008

1° O Latido


Quadrilha


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes
que não tinha entrado na história.

Carlos Drummond de Andrade

Meu nome é Filipe Arêdes... (Oi Filipe Arêdes!): *piadinha interna*
E eu queria falar sobre Sancha, minha cachorrinha, que por sinal, anda me irritando muito. Quando meu pai a ganhou, eu até fiz um post falando sobre ela, que eu ia tentar me relacionar pela milésima vez com um animal de estimação e tudo o mais... Pois é, tentei. Ou melhor: estou tentando.
Eu e Sancha temos uma história que daria um livro (Adoro dar importância aos fatos). Meu pai a ganhou de um amigo, mas chegou um belo dia que depois dela fazer muita arte como: comer plantas (a cachorra não tem culpa de ser herbívora, meu pai não entendia isso), acabar com os tapetes, cavar a terra (sim, aqui em casa tem um enorme quintal com um 'jardim') e ficar pulando igual uma louca nele (meu pai) e em mim. Depois de fazer tudo isso, meu pai chutou o balde, para não chutar a pobre cachorra e a deu para os outros... ISSO, porque ele ameaçou deixá-la sozinha lá no alto do Taquaril (bairro), o que fez meu coração cortar de dó. Claro que eu não iria deixar ele fazer isso.
Pois bem, ele deu a Sancha para uma prima dele. Eu fiquei um pouco triste, afinal, tinha me afeiçoado a cachorrinha. Então, depois de quase um mês, minha tia Marcia ofereceu de deixar a Sancha morando aqui. Enfim, parte complexa da história que vou fazer um 'adendo':

- Eu moro com minha tia e meu pai. É um terreno do meu avô, que foi divido em dois e necessariamente duas casas distintas, obviamente e com números diferentes. E eu vivo 'meio cá, meio lá'....

Voltando: A Sancha saiu da casa do meu pai, e voltou depois de quase um mês para a casa da minha tia, onde eu poderia cuidar dela e tudo o mais.
E ela voltou! No começo foi flores, estava com saudades dela e ela de mim. Ela foi se adaptando a casa nova, porque a casa do meu pai é bem maior, tem mais quintal e tudo mais... Até que chegou a um ponto irritante da história. Descobri que eu não sirvo para ter criação, no máximo um peixe e olhe lá, porque senão eu o mato de fome.
A minha querida Sancha, como qualquer outro animal que se afeiçoa ao dono, quer atenção e eu sou uma pessoa relapsa. Hoje eu vou lá, brinco com ela e tudo o mais, amanhã eu posso passar perto dela e dizer: Oi. Não, eu não tenho transtorno bipolar, só que me dá preguiça ter que dar uma 'atenção' forçada a algo. Não é assim com as pessoas que eu moro dentro de casa, eu não tenho um monte de história pra contar todos os dias.
Então, com essa minha falta de atenção, minha cachorrinha Sancha tem latido mais do que o normal. Se eu passo perto dela ela quase se 'esgüela' para chamar minha atenção e tipo, ela vê fantasma, no mínimo. Ela late para o nada! Ela começa a latir, eu venho aqui fora e ela 'ta latindo pr'o portão, mas eu olho pela greta embaixo e não tem NINGUÉM. Ou a audição dela é muito sensível (o que é o provável), ou ela está vendo/ouvindo demais.
Hoje eu mal tinha acordado, ela ouviu minha voz e começou a ter um ataque, eu fui lá fora e xinguei ela, mas falei tão bravo, que ela colocou o rabinho entre as pernas e parou de latir para minha alegria. Não, ela não está sofrendo maus tratos comigo, eu só estou irritado com a latição dela. Ontem era duas horas da manhã, eu estava lendo Crepúsculo (ótimo, por sinal) e ela começou a latir e n-ã-o parava.
Fico pensando se sou muito impaciente... Mas depois de um tempinho, hoje, eu vim aqui fora e a soltei, porque ela não pode ficar solta normalmente, senão ela acaba com todas as plantas que vê. Eu até deixei ela morder meu pé à vontade (foi um pouco nojento para quem via, mas eu trabalhei esse 'nojo' quando ela era mais novinha, foi quase uma superação para mim quanto a esse tipo de escatologia).
Mas eu a avisei e fui bem claro: se ela continuar a latir assim, eu vou dá-la para os outros sem dó. Primeiro, vou tentar melhorar minha atitude quanto a ela, dando mais atenção, mas ela tem que parar de ficar latindo pro nada... Porque latido em geral me perturba muito.

4 comentários:

Mariana disse...

Tipo, muito hora nessa calma.
Eu preciso conhecer Sancha, antes que ela vá para um caminho sem volta.
É só uma fase de pré-adolescente. Logo ela se cansa e fica tranquila. Vai por mim, experiência própria! Hahahahaha.

Obs: Eu não latia.

Romulo Lacerda disse...

Dê atenção para ela.

Caio disse...

oi, filipe!

. rafael rocha. disse...

oiiii lipe,

I like you!

^^