sábado, 16 de maio de 2009

"Vamos até o sétimo"


Uma dor de barriga costumeira: nervosismo. E assim foi (quase) toda a oficina de interpretação para cinema que fiz. Procurando um bônus no meio de todo esse ônus... Foi bom! Sei que foi bom. Aprendi tanta coisa. Talvez, como me falaram, dessa vez eu estava entendendo mais as coisas. Sim, tanta coisa. "Filipe, acorda! Você está fazendo muito menos pelo que quer, do que deveria. Você só fala que quer, que é isso, mas... cadê? Cadê tudo?"... Cadê, não é mesmo?
É mesmo, voltei a fazer análise. Ah, estou tão feliz com isso. Não sei como fiquei sem isso por um ano (ou mais). Tanta neurosejunta. Confuso, confuso? Não sei. Mas algo não vai bem. Ah, mas não vai mesmo. A cada dia que passa, me desconheço. "Quem é esse? Você?". Sim, por quê? "Nada". Não sei de nada. Ainda bem que agora tenho um apoio.
Gostei tanto da personagem que fiz nessa oficina, Eduardo, década de 50, muita paixão, inveja, ciúmes. Muita coisa para trabalhar em mim e nele também. Sem contar que resgatei Elvis Presley, João Gilberto, Tom Jobim... Beatles! Das três oficinas que já fiz, esse é o personagem que mais gostei e, pelo visto, irei continuar a trabalhar com ele para a próxima também.
Estudo, estudo e estudo. Perdido. "Quem? Eu, ou o estudo?". Não sei. Só sei que tenho que estudar muito e domingo tem simulado. "Acordar cedo no domingo?". Que saco!
Seu aniversário está chegando. "É mesmo!". Um ano... Tão bebê ainda, mas tem progredido muito. "Demais!".
Eu sou muito ruim. "Como assim, ruim?". Não sei, só sei que sou. "É mesmo? Mas... como assim?". Ruim. "Ruim ruim, ou ruim ruim?". Ruim ruim. "Não entendi". Nem eu. "Vamos até sétimo".
Está bem:

O Outro (musicado por Adriana Calcanhotto)

Eu não sou eu,
Nem sou o outro
Sou qualquer coisa de intermédio
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o outro.

Mário De Sá Carneiro

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