quarta-feira, 9 de março de 2011

2° Ato: Creck!

O corpo em ação
diz o não dito,
busca o esquecido
e depara com
suas verdades e
mentiras.

Até
mesmo seus
silêncios, sem
seu consentimento...
E suas farsas
já impregnadas
em cada centímetro
quadrado, cada
volume cúbico,
cada curva,
cada entorno.

E reverberam
em todos os
músculos.
Colide uns nos
outros: expõem
fraturas.

Cá se
apresenta:
O corpo mutilado,
de ossos serrados,
aos cacos!

Limpa-se
a ferrugem.
Solda!
Aproveita
e se encharca
de óleo.

Improvisa-se
um ritmo,
deixa-se o
som levar
o corpo levando
a mente.
E então, 

Passo a
passo, pé ante pé
deixa-se
germinar
naquele chão.


O corpo se
contrapõe: procura
os limites. Estica:
vira daqui                                                     pr'ali.
Vai e volta. Contorna,
atravessa, segue
em frente e
corre
obedecendo
somente o
instinto.

Para! 

Quebra-se
em ângulos obtusos,
agudos, até
ficar reto e
se esparramar
num solo
fértil.

O organismo
retrai. Encolhe.
Engloba.
Encaixa-se
numa placenta
imaginária e
se prepara:

Respiração ofegante, 
pulsante!
O sangue corre
por suas
veias,
insufla o
pulmão.
Pensa na
mãe natureza,
transpira por
suas glândulas
e provoca o
coração.

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