quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Juntando as malas.
Abrindo o guarda-roupa, escolhendo as peças necessárias para a fuga.

- Não sabe o quanto eu estava esperando por isso.

Refúgio.
Um lugar bem tranquilo, é lá que quero estar.

"Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca da Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
[...]

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- Lá sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada."

(Vou-me embora pra Pasárgada, de Manuel Bandeira)

Vou-me embora. Por uns tempos apenas.

- Vai, vai sim, que Eu te espero.

ps. Avisem-me quando tudo estiver certo. Concreto.

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