domingo, 27 de setembro de 2009

de céu azul

Sou pequenino e também gigante...

Este, talvez, tenha sido um dia de céu azul,
sem núvens, sem vento, sem.

Calor, o calor me tomou, me roubou, me feriu, me viveu...
ME MATOU, de calor.

- Abre a janela, por favor?

Escuro, abafado. Esta casa está desmorando, em pedaços.
De fragmento a fragmento a fragmento a fragmento a fragminto!

Este, talvez, tenha sido um dia de céu azul,
de cores vivas bisbilhotando a morte.

- Arreda a cortina, vai.
Se lembra de quando papai cantava para nós,
bem assim, logo pela manhã:

"luz do sol,
que a folha traga e traduz
em verde novo
em folha, em graça, em vida, em força, em luz"

- Pois é, já não vejo a mesma graça mais.

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