terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ano Bissexto De Um Auto-Irritante


Final de ano - Meu ano não foi tão turbulento comparado ao que o mundo nos apresentou durante esses 366 dias. Um pai jogando a filha pela janela, um seqüestro passional, crises e mais crises... E o ano, para Brasil, terminando em águas. Apesar de tudo isso, para mim, foi um ano que: DEU PRA FAZER. Dá um 'jóia' aí Filipe!
Pensei em fazer uma retrospectiva aqui, o que seria uma tentativa frustrada. Eu estou bem satisfeito com o ano que termina e bem otimista com o próximo. Eu falei com minha mãe no final de 2007, que se eu conseguisse viajar para lá (Philadelphia, PA - EUA) em janeiro, seria começar o ano com o pé direito... E graças a Deus foi!
Minha mãe mora há seis anos lá nos EUA e eu cheguei a ficar uns cinco anos sem vê-la e poder e ter condições de visitá-la pelo menos uma vez ao ano, como aconteceu em 2008, é muito bom. Além de matar a saudade, eu conheço uma nova cultura, costumes e tudo mais.


Participei de duas oficinas de interpretação para tv e cinema e foi muito importante como estudante de teatro. Só estou no começo de uma coisa que quero chamar de: carreira. Eu amo teatro, amo arte em geral. É uma terapia interpretar, fazer meus desenhos sem sentido, escrever... E eu tenho otimismo quanto a esse sonho.


Esse ano eu terminei uma etapa da minha vida: conclui o ensino médio. Eu adoro dar seriedade às coisas, apesar de considerar essa, um grande feito se olharmos para esse Brasil enorme, onde nem todos tem um ensino de qualidade, ou, às vezes, nem tem um ambiente como a escola para estudar.
Minha vida escolar foi muito boa; especial. Aprendi tanto. Aprendi uma das coisas mais importantes da escola: relacionar. Ter que estar com pessoas que você adora e outras que você não suporta nem olhar para cara.
Aprendi o que é amizade, como: confiar, ter afinidade, respeitar, compreender... E percebi que só o tempo mostra quem são seus verdadeiros amigos (o que é um velho clichê).


Tive uma grande perda também... Meu avô... que está deixando saudade. O ano começou com minha viagem maravilhosa, mas foi de lá que eu ouvi que meu avô havia sido internado, mas que não era nada grave... Pelo menos até descobrirem que ele estava com câncer no pâncreas. E em seis de maio desse ano, ele faleceu. Ele foi um grande homem na vida de muitos, criando treze filhos e vendo todos se estabilizarem economicamente e construírem uma nova família. Somos uma família como todas as outras, cheia de problemas, porém, unida...
Vô, sinto muita saudade sua. Saiba que onde quer que esteja, eu trarei muito orgulho ao senhor, como sempre esperou, não só de mim, mas de todos os filhos e netos, ou, qualquer outra pessoa a quem o senhor se afeiçoasse. Esse ano eu senti falta da sua palavra final na hora da oração na noite do natal... Eu fiz uma leitura da Bíblia falando do que sempre o senhor tentou nos passar: amar, perdoar, unir; Verbos como esses...
Eu te amo muito!


Sancha não poderia ficar de fora dessa "mini-pocket-retrospectiva": Minha cachorrinha, que me provoca amor e ódio, chegou em agosto como quem não queria nada e me conquistou. Eu tinha (está bem, confesso... TENHO) problemas com animais de estimação e cá está ela, morando comigo na casa da minha tia Marcia. Ela parou de latir com tanta frequência há uns dois/três dias. Agora, quando não tem ninguém em casa que possa me xingar, eu deixo ela ficar do meu lado, dentro de casa, quando estou no computador, por exemplo. E hora, ou, outra... Eu olho pr'a cara dela, sentadinha, ou, deitadinha ao meu lado e dou aquele sorriso e falo igual um retardado: Oh meu bebê, você está aqui coisinha linda. Como se não fosse algo óbvio ela estar ao meu lado, sendo que eu mesmo a chamei para ficar ali.
Não podia deixar de falar sobre isso aqui. Eu havia criado um blog em 2007, chamava-se Memórias De Um Futuro Remoto... Era um bom nome (risos). Escrevi pouquíssimo e quando resolvi me engajar mesmo, percebi que o melhor era fazer um novo blog, foi aí que criei: Meu Irritante Eu.
Foi e está sendo muito importante para mim depositar minhas idéias, ou, minhas frases fragmentadas no "papel". Minha proposta era escrever algo no estilo de "artigos", mas vi que estava me forçando a escrever algo que não era bem meu "gênero". Alias, fui descobrir qual era realmente minha escrita, minha identidade. E hoje, 31 de dezembro, estou muito feliz com o que escrevo. Vejo que há problemas de pontuação, alguns deslizes na ortografia, mas... Está razoavelmente bom. Me agrada (sim, sem próclise obrigatória).
Sobre as mudanças de sempre - Como todo dia que passa, eu vou aprendendo a viver. Meu otimismo aumenta gradualmente; e esperança são palavras chave, juntamente com dedicação, no ano que vem.
Interrompi minhas sessões de análise por uns sete meses, mas me sinto totalmente necessitado daquele espaço onde eu podia falar tudo na maior inocência. Onde cada palavra tinha uma intenção por trás. Onde eu me conhecia mais... Eu estou em constante mudança, minha consciência precisa acompanhar isso! Senão eu SURTO.
...Tudo bem que o blog está com um novo layout há uns dois dias, mas hoje resolvi "publicar" a mudança.
Eu amo mudanças, acho que elas dão um novo gostinho como salada e batata frita àquela prato de arroz, feijão e bife de dia de semana (e, também, alguns finais de semana).
Sinto-me mais em casa, por mais esquisito que possa soar, mas aquele lilás e azul não tinham nada a ver com nada. Muito menos comigo!!!
ps. E a foto do cabeçalho foi 'transformada' pelo Romulo, do Blog Miragens das Chamas. ^^

FELIZ ANO NOVO A TODOS!!! UM EXCELENTE 2009...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Joker Card



Lá vai ele.
O grande palhaço.
O bobo da corte.

... Que brinca com os fatos para tornarem as coisas mais "vivíveis". Aceitáveis.

Lá vai ele com sua piada pronta,
ora a usa como defesa, ora como ataque.

É um clown/palhaço.
O mesmo, o diferente.
O de sentimentos mundos;
muitos, diferentes.

"quer diferente, ver diferente nele mesmo... Hoje estou diferente."

Esconde, aparece. Esconde, aparece.


Não consigo me firmar nessa corda bamba. Sinto-me no picadeiro e sou cada
atração do circo. Cada número!
... é tão difícil ser e ter coragem para sê-lo... Eu só estou tentando, seguindo com alguns (muitos)
tropeços.

Lá vai ele.
De sentimentos mundos.
Sendo o palhaço de sua história.
A atração esperada por uns,
odiada por outros.
Alegrando a própria vida,
acabando com alma própria.

sábado, 27 de dezembro de 2008

1° O Latido


Quadrilha


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes
que não tinha entrado na história.

Carlos Drummond de Andrade

Meu nome é Filipe Arêdes... (Oi Filipe Arêdes!): *piadinha interna*
E eu queria falar sobre Sancha, minha cachorrinha, que por sinal, anda me irritando muito. Quando meu pai a ganhou, eu até fiz um post falando sobre ela, que eu ia tentar me relacionar pela milésima vez com um animal de estimação e tudo o mais... Pois é, tentei. Ou melhor: estou tentando.
Eu e Sancha temos uma história que daria um livro (Adoro dar importância aos fatos). Meu pai a ganhou de um amigo, mas chegou um belo dia que depois dela fazer muita arte como: comer plantas (a cachorra não tem culpa de ser herbívora, meu pai não entendia isso), acabar com os tapetes, cavar a terra (sim, aqui em casa tem um enorme quintal com um 'jardim') e ficar pulando igual uma louca nele (meu pai) e em mim. Depois de fazer tudo isso, meu pai chutou o balde, para não chutar a pobre cachorra e a deu para os outros... ISSO, porque ele ameaçou deixá-la sozinha lá no alto do Taquaril (bairro), o que fez meu coração cortar de dó. Claro que eu não iria deixar ele fazer isso.
Pois bem, ele deu a Sancha para uma prima dele. Eu fiquei um pouco triste, afinal, tinha me afeiçoado a cachorrinha. Então, depois de quase um mês, minha tia Marcia ofereceu de deixar a Sancha morando aqui. Enfim, parte complexa da história que vou fazer um 'adendo':

- Eu moro com minha tia e meu pai. É um terreno do meu avô, que foi divido em dois e necessariamente duas casas distintas, obviamente e com números diferentes. E eu vivo 'meio cá, meio lá'....

Voltando: A Sancha saiu da casa do meu pai, e voltou depois de quase um mês para a casa da minha tia, onde eu poderia cuidar dela e tudo o mais.
E ela voltou! No começo foi flores, estava com saudades dela e ela de mim. Ela foi se adaptando a casa nova, porque a casa do meu pai é bem maior, tem mais quintal e tudo mais... Até que chegou a um ponto irritante da história. Descobri que eu não sirvo para ter criação, no máximo um peixe e olhe lá, porque senão eu o mato de fome.
A minha querida Sancha, como qualquer outro animal que se afeiçoa ao dono, quer atenção e eu sou uma pessoa relapsa. Hoje eu vou lá, brinco com ela e tudo o mais, amanhã eu posso passar perto dela e dizer: Oi. Não, eu não tenho transtorno bipolar, só que me dá preguiça ter que dar uma 'atenção' forçada a algo. Não é assim com as pessoas que eu moro dentro de casa, eu não tenho um monte de história pra contar todos os dias.
Então, com essa minha falta de atenção, minha cachorrinha Sancha tem latido mais do que o normal. Se eu passo perto dela ela quase se 'esgüela' para chamar minha atenção e tipo, ela vê fantasma, no mínimo. Ela late para o nada! Ela começa a latir, eu venho aqui fora e ela 'ta latindo pr'o portão, mas eu olho pela greta embaixo e não tem NINGUÉM. Ou a audição dela é muito sensível (o que é o provável), ou ela está vendo/ouvindo demais.
Hoje eu mal tinha acordado, ela ouviu minha voz e começou a ter um ataque, eu fui lá fora e xinguei ela, mas falei tão bravo, que ela colocou o rabinho entre as pernas e parou de latir para minha alegria. Não, ela não está sofrendo maus tratos comigo, eu só estou irritado com a latição dela. Ontem era duas horas da manhã, eu estava lendo Crepúsculo (ótimo, por sinal) e ela começou a latir e n-ã-o parava.
Fico pensando se sou muito impaciente... Mas depois de um tempinho, hoje, eu vim aqui fora e a soltei, porque ela não pode ficar solta normalmente, senão ela acaba com todas as plantas que vê. Eu até deixei ela morder meu pé à vontade (foi um pouco nojento para quem via, mas eu trabalhei esse 'nojo' quando ela era mais novinha, foi quase uma superação para mim quanto a esse tipo de escatologia).
Mas eu a avisei e fui bem claro: se ela continuar a latir assim, eu vou dá-la para os outros sem dó. Primeiro, vou tentar melhorar minha atitude quanto a ela, dando mais atenção, mas ela tem que parar de ficar latindo pro nada... Porque latido em geral me perturba muito.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal

Prometi que faria um lindo post sobre o natal, mas a preguiça tomou conta de mim... E vejam só, amanhã já é dia 24. Se os dias já estavam passando rápido, as férias, para mim, estão voando. O ócio não passa tão lentamente quanto antes. Incrível.
Queria falar que amo o natal e seu simbolismo, até mesmo... O seu capitalismo. O natal, assim como a páscoa, virou puro comércio nos dias de hoje. O que posso fazer? Gosto de ganhar presentes no natal e ovos de páscoa na páscoa, não posso negar.
Mas agora é sério... Montar árvore de natal, presépio, ver o pseudo-Papai Noel nos shoppings... É tudo tão legal. Filme de natal só tem graça quando chega a época; há um em especial que eu amo e tenho até o dvd aqui em casa: Expresso Polar. Tento viver intensamente essa época, mas tudo passa tão rápido.
Na casa de minha , como já é de costume, todos se reúnem e trocamos vários presentes, geralmente fazemos amigo oculto e rezamos/oramos antes de dar meia-noite. Tudo muito especial.
Esse ano, infelizmente, não vamos ter a presença de meu avô Agenor, porque ele faleceu em maio... Sei que onde quer que ele esteja, ele ficará feliz ao ver que estamos seguindo em frente, superando a sua perda e nos reunindo, principalmente nessas datas.
É isso, um feliz natal a todos... E antes do ano novo escrevo mais alguma coisinha por aqui.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Capitu


Estou encantado com a minissérie da globo. Alias, só o fato de ver que estão produzindo arte na tv, já me deixa mais alegre. Aos comentários:

: Quando estava no primeiro ano, li Dom Casmurro no colégio e me apaixonei pelo livro. Achava, como ainda acho, Bentinho meio mala. Ele, coitado, é movido por sua paixão ciumenta começa a desconfiar de Capitu... Mas não estou aqui para falar o enredo do livro, porque os mais interessados, estão assistindo ao programa, ou, já leram o livro.
: A história, penso eu, tem uma influência de Otelo (Shakespeare), tanto pelo ciúmes que se torna doentio, como a figura de José Dias se aproxima bastante de Iago, o grande vilão da história.
:Muito agrada a meus olhos, a cenografia da minissérie. O diretor, Luiz Fernando Carvalho, é excelente. Os atores estão ótimos também. Encantei-me, como Bentinho, com a menina que faz Capitu quando jovem. Ela é uma cantora e estudou interpretação para fazer a minissérie, pelo menos foi o que li. E na minha opinião, ela está dando um show.
: Também adorei a trilha sonora e estou doido com o estilo rock, meio ópera, ou vice-versa.

ps. Só uma ressalva: acho que Capitu não traiu Bentinho.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Teatro



Bom, fiz minha última apresentação no teatro do NET. Conclui o curso de dois anos e foi uma experiência ótima para mim. Às vezes, quando eu começo a falar de teatro fica até chato para os outros, mas foi onde me encontrei literalmente. É o meu universo.
Teatro é arte. Onde eu posso expor minhas idéias, discutir em cima de textos, apresentar minhas idéias. Lida muito com a criatividade do ser humano e eu sou criativo.
Estou no começo de uma longa jornada. Ainda há muito o que ler e aprender. Ser ator não é um ofício fácil, tem de saber interpretar, usar a voz corretamente, ter um trabalho corporal muito grande também. E sem sombra de dúvidas, ler muito. Mas muito mesmo.
Eu falho nesse último quesito, acho que deveria ler mais, conhecer mais dramaturgos... Mas estou caminhando.
Quando comecei a fazer teatro, eu ainda era muito inseguro, tímido nem tanto... E não sei, mas no segundo período do NET, tive que trabalhar a construção de uma personagem, vi o quão profundo é o estudo das artes cênicas. Voltamos para nós mesmos, é quase um jogo de auto-análise. Foi aí que cresci muito como pessoa e perdi boa parte da minha insegurança também.
Participei de duas Oficinas voltadas para interpretação em televisão e cinema. Foi muito importante para mim. Na segunda que eu fiz, ouvi da diretora Gabriela Linhares a seguinte frase: O bom ator é aquele que se conhece. Isso fez com que eu refletisse bastante.
Conhecer a si mesmo. Tão profundo, tão denso, tão difícil...
Voltando à arte: Então, o teatro me proporciona uma sensação boa, é um veículo de informação. Através de textos eu posso plantar uma idéia na cabeça de um, ou, outro. Posso proporcionar momentos de pura reflexão, como posso também descontrair com uma boa comédia.
É esse o trabalho do ator, pelo meu ponto de vista... E como qualquer outra atuação no campo da arte, seja nas artes plásticas, música, ou escritores (poetas, romancistas, etc), não ser tão reconhecido pelos outros desanima um pouc. Mas isso não vai me tira o desejo de ser um artista.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Férias


Férias de mim mesmo. Férias do mundo. Férias!!!
É difícil desligar... a tv, aquele radinho de pilha, a si mesmo.

- MEDO DE PERDER O CONTROLE.

Com uma certa ilusão, L. não percebe que perdeu o controle de tudo. Seu quarto, uma bagunça só. As gavetas então... Nem se fala.
Passou tanto tempo preocupado com tudo, que o tudo tomou conta dele. Coitado. O TUDO TOMOU CONTA DO NADA QUE ELE É.
O tempo passou tão rápido para ele e para todos. Um ano nunca é igual ao outro e esse foi muito especial. Nem mais, nem menos que os outros. Foi simplesmente especial.
L. já está com saudades de tudo o que passou. Da fase que está terminando... Ah, que daqui uns dias L. será só saudades. UM COMPLETO NOSTÁLGICO.

Cores. Muitas cores... expostas ali no papel.
Arte. A arte grosseira. A arte pela arte. Primitiva.
Aproximando a cada dia da essência de querer...
Querer ser tantas coisas, querer e ser artista.
É o que ele quer.